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Prática de redação: Prof. Francisco D’Áuria influencia Prof. Ivam Ricardo Peleias

Prof. Francisco D´Áuria foi um proeminente Contador Brasileiro do Séc. XX. Teve atuação destacada na academia contábil paulista, nas entidades de classe, na contábil e na literatura. Ele é o patrono da Cadeira nº 50 da Academia Paulista de Contabilidade – APC.

Prof. D´Áuria iniciou a carreira acadêmica na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). Transferiu-se para a Universidade de São Paulo, ajudando a fundar a FEA-USP, hoje Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. Foi membro de sociedades profissionais internacionais e recebeu o título de Contador Emérito das Américas.

Atuou e ajudou a fundar algumas entidades de classe da profissão contábil, inclusive a Academia Paulista de Contabilidade. Fundou a Revista Brasileira de Contabilidade. Foi profissional de destaque, exercendo altas e relevantes funções no Estado de São Paulo, chegando a Contador Geral da República.

Seus 23 livros são uma contribuição substancial à literatura contábil brasileira. Destacamos dois: Primeiros Princípios de Contabilidade Pública e Perícia Contábil – Parte Aplicada. O destaque é por conta dos originais, cuidadosamente guardados na biblioteca da FECAP, no bairro da Liberdade, na cidade de São Paulo.

Estes originais foram redigidos à mão!!!! Nota-se a organização e sequência do conteúdo, o cuidado na redação, a caligrafia bonita de ver e legível, frutos do esmero e do rigoroso e contínuo processo de pensamento, estudo e prática. Esta é a parte objeto deste post.

O Prof. Peleias redige grande parte de seus trabalhos (laudos, pareceres, notas técnicas e artigos) e analisa / comenta trabalhos acadêmicos primeiramente à mão. A razão é o gosto pela redação, que permite transportar rapidamente para o papel o processo de pensamento que se pretende ser sistematizado, organizado, com foco definido, dentro da métrica de “síntese na extensão e abrangência no conteúdo”. É uma notável influência isomórfica de Prof. D´Áuria sobre o Prof. Peleias.

Não é um processo simples. É preciso reler, rabiscar, recortar, acrescentar e reescrever. O resultado é gratificante, pois permite o imediato transporte do processo de pensamento para o papel. Este transporte traz outros desafios: o respeito às regras de construção de frases, parágrafos e os cuidados com a Língua Portuguesa. Tudo isso sem deixar de lado a necessidade de ter e treinar uma caligrafia inteligível, para que Maíra, nossa Coordenadora na Irpe, leve o resultado deste trabalho para o processador de textos com eficiência e qualidade. O exame desses dois originais oferece razoável dimensão dos esforços de Prof. D´Áuria e seus colaboradores mais próximos à época, quando havia máquinas de escrever.

Inegável que o Prof. Francisco D´Áuria é parâmetro de referência e exerce profícua e saudável influência.


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Ivam Ricardo Peleias
ivamrp@irpe.com.br

Fabíola D´Agostini Peleias
fabioladp@irpe.com.br

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